Os campos se alastram pelos os sertões,
As matas virgens desaparecem,
Ao longo das nossas vistas,
Já vemos pastagens pro gado.
Na extensão, de léguas e mais léguas,
Avistamos os campos livres,
Onde o gado no inverno é solto,
Para comer a rama nova que nasce.
E nas grandes fazendas,
Se reúnem a vaqueirama,
Para tangerem o gado,
Pra roça e para catinga,
Levando nos alfogens,
A boa fartura de queijo,
Farinha, carne assada e rapadura.
O clima é de alegria,
No meio da vaqueirama,
Onde rola muita união,
Esperança e solidariedade,
É riso e prosa pra todo lado.
Na hora de trabalhar,
Todos vão para o curral,
Pra conhecer a boiada,
Ferrar e por o chocalho.
Com o sussurro dos pássaros,
E a beleza verde da rama,
Saem pelos caminhos,
Em rumo a mata virgem.
Os chocalhos vão entoando,
Com o balanço dos badalos,
O canto do vaqueiro,
E o aboio que encanta,
A filha do fazendeiro.
Os cavalos e burros,
São todos enfeitados,
Com belos arreios de couro,
Feitos pelo o artesão,
Com todo capricho na mão,
Fazendo com que o animal,
Pouse de bonitão.
Chegando na grande mata,
O gado fazendo a festa,
Se alegra comendo a rama,
Urgindo e frigindo a testa.
Os vaqueiros se despedem,
Marcando a data da volta,
Pra quando o gado estiver gordo,
Folgoso e conhecendo a terra.
Aí é que a coisa pega,
Pois o boi não quer voltar,
Quando ver gente se assusta,
Partindo pra outro lugar.
O vaqueiro experiente,
Traz com ele um cachorrinho,
Para acompanhar o boi,
Enquanto ele segue o rastro,
Montado em cavalo ligeiro,
Vai encostando no bicho,
Colando no seu traseiro,
Enrolando o rabo na mão,
Até dominar no chão,
Ou no tronco do pau pereiro.
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