Leonardo Sampaio
Ler a vida, ler o mundo
É o mesmo que viajar
Conhecê-lo como ele é
É permitir enxergar
A ciência e a natureza
É conhecer outro lugar.
Leitura é a ação de ler
algo
Que abre mente e coração
Trás luz para nova vida
E oferece inspiração
Pra escrever intensamente
Contos, poesia e canção.
Tem a leitura científica
Tem outra como lição
E trazem ensinamentos
Como as obras de ficção
Que também são escritas
Pela a imaginação.
Leia sempre com prazer
Seja trova, ou poesia
Revista ou o jornal
Faça leitura com alegria
Para o seu aprendizado
Lhe dar mais sabedoria.
Leia, leia sempre que
puder
Leia o que você encontrar
Leia sempre, em toda vida
Conheça o mundo sem viajar
Faça da leitura o caminho
Para aonde queres chegar.
No mundo que vivemos
A leitura é obrigação
Pois quem não sabe ler
É tido sem educação
Fica como ignorante
Sem rumo e sem direção.
Ler sempre é crescimento
Junta letras e mistura
Forma frases e palavras
Se analisa conjuntura
Se conhece a realidade
Construída com postura.
O livro é instrumento
Para sistematização
Das ideias inspiradas
Onde o verbo e a oração
Vai sair da oralidade
Para leitura virar paixão.
O livro é para leitura
Onde se aprende história
Ciência e matemática
E se conhece a geografia
As artes e o português
Nas aulas do dia-a-dia.
Se a natureza é tão bela
Com a água cristalina
E os mares com a Sereia
Que tem rosto de menina
Isso é um conto de fada
Que a leitura nos ensina.
Leia lendas, leia prosas
Leia romance, leia cordel
Leia textos, leia notícias
Leia até sobre bordel
Leia a leitura sagrada
Faça das letras coquetel.
Pode até formar um grupo
Crie um circulo de leitura
Como fez o Paulo Freire
Pra melhorar sua cultura
Aprender a ler o mundo
Com mais desenvoltura.
Faça como minha mãe
Que aprendeu com minha avó
E me ensinou o bê-á-bá
Trava língua e desatar nó
Leu revista e almanaque
Que conheceu com a bisavó.
Pesquise o que gosta
Faça o seu despertar
Busque mais conhecimento
Vá atrás de estudar
Para o desenvolvimento
E sua vida melhorar.
Foi assim que eu mesmo fiz
Para a Ditadura derrubar
Lia tudo de revolução
No Brasil e em todo lugar
Era a leitura que gostava
E deu prazer em estudar.
Conheci o mundo inteiro
Todo livro devorava
Fazendo boas leituras
Daquilo que acreditava
Construir o socialismo
Era a meta que levava.
Até cinquenta anos
Na educação popular
Completei essa idade
Fiz mais um vestibular
Em marketing e pedagogia
As ciências fui pesquisar.
Conclui a graduação
Aos sessenta concursado
Professor municipal
Foi um novo aprendizado
Na educação infantil
Com outro jeito e cuidado.
A vida me ensinou
Que para se aprender
Ou ensinar, nunca é tarde
É só dispor e querer
E acreditar em você
Serás capaz de vencer.
O caminho mais curto
Que deverás encontrar
Será por meio da leitura
Pro sentimento aflorar
Proporcionando emoção
Para aprender e ensinar.
São tantas as lições
Que o mundo nos ensina
Até a Cigana analfabeta
Lê a mão com sua sina
Que aprendeu com
ancestrais
Vivendo desde menina.
Mas precisa dizer pra ela
Que as ciências ensinam
mais
E juntando todos os
saberes
Científicos e ancestrais
É possível mudar o mundo
Nas relações sociais.
Já dizia Paulo Freire
Ninguém educa ninguém
Ninguém educa a si mesmo
Mas se precisa de alguém
Para mostrar o universo
Pros saberes irem além.
No Espaço Cultural
Frei Tito de Alencar
Tem Banquete Literário
Para quem quer estudar
É boa a experiência
Que se aprende por lá.
Esse poema foi pedido
Em curso de formação
Pela minha professora
Que guardo no coração
Pela sua competência
De nos ensinar a lição.
Obrigado Ana Maria
Espero estar contemplado
O conteúdo pedido
Se não estou enganado
É algo bem parecido
E um pouco acrescentado.
06/09/2015
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