As populações vulneráveis, quase
sempre são formadas por pessoas com poucas instruções sobre cidadania, direito
humano e direito às políticas públicas que permitam assegurá-los os valores e a
dignidade em áreas como: saúde, educação e uma renda mínima garantida em lei. Isso
me faz lembrar da música que diz: “Seu nome é Jesus Cristo e passa fome, entre
nós está e não o reconhecemos”, ou seja, a invisibilidade faz parte do
propósito de ignorar pra não se comprometer, é o mesmo que dizer: não tenho
nada a ver com isso.
Entre essas populações tem os
moradores de rua que sobrevivem do que lhes dão, além de não terem espaços
adequados para necessidades fisiológicas, de higiene e alimentação certa todos
os dias, o que os leva a humilhações e sofrimentos bem maiores.
As histórias pessoais desse
público variam de acordo com a realidade e origem de cada um. Normalmente vêm
de desajuste com as famílias e situações depressivas, muitas vezes provocadas
no psíquico pela incerteza, a insegurança e a cobrança de um sistema
capitalista de consumo, que faz com que a sociedade sinta-se incapaz.
Há grupos religiosos que tentam
amenizar os sofrimentos desta população atuando com elas de diversas formas,
como: dando alimentos, medicamentos, escutando suas histórias, tentando
aproximar das famílias, incentivando à produção como forma de trabalho e renda,
estimulando ao estudo. Todas estas iniciativas são validas, porém insuficientes
para uma vida digna.
Os caminhos alternativos para
resolver estes casos, tem que partir das famílias e de políticas públicas de
inclusão e afirmativas por parte do Estado, para assegurar formação,
capacitação e garantia de emprego e moradia.
Leonardo Sampaio
Pedagogo e educador popular
Julho 2012
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