Leonardo Sampaio
Minha vida ficou mais linda quando te conheci,
quando olho no teu olhar,
vejo um brilho de sentimento recíproco.
Percebo que quanto mais nos aproximamos,
passamos a nos admirar
e sentir uma presença carente de aconchego,
um aconchego de idéias
e uma presença com um requinte de beleza,
essa beleza advinda da sabedoria,
essa sabedoria adquirida no mundo,
o mundo que me rodeia,
que às vezes não quer que enxergue além dele,
que não perceba outros mundos,
outros horizontes, que não tenha utopia.
O lindo dessa paixão é o seu crescimento,
é nos percebermos diferentes
e nos sentirmos iguais.
Dessa forma a paixão vai se apagando
e o amor vai se tornando verdadeiro,
livre,
não possessivo,
nem de dominação,
ele nos torna mais sensíveis às coisas do mundo.
O mundo é o espaço pra se voar ou ciscar,
pra se amar, libertar-se ou alienar-se.
E a beleza desse nosso amor
é ganhar os ares da utopia,
do mundo, dos sonhos, das realizações.
Foi nesse contexto que nos conhecemos,
nos envolvemos e constituímos seres coletivos,
nos institucionalizamos,
até como família.
Constituímos família?
Que família?
Família pra que?
Quem germinou?
Quem pariu?
Terá sido o bico do beija flor?
Ao tocar o semi da rosa?
É, talvez tenha sido coisa da natureza.
Natureza!
Mas são tantas naturezas!
Temos as naturezas do universo
e dos comportamentos humanos.
A natureza é essa beleza cósmica,
é a vida simbolizada por terra, água e luz
é o universo das coisas.
Naturezas humanas são os comportamentos!
Que são constantes ou mutáveis?
Pode também ser os dois?
E o que os faz constantes ou mutáveis?
Talvez seja a construção da vida,
as relações com o mundo.
Portanto é nessa construção
e relação com o mundo,
que esse amor se perpetue.
Beijos.
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