Um sítio, um riacho, um açude, um verde,
pássaros, camaleões e
preás
todos exterminados do último espaço
que deveria ser o pulmão oxigenado
da região oeste da Cidade de Fortaleza.
As límpidas águas correntes,
transparentes onde se via os peixes nadarem e as lavadeiras
limparem suas roupas
nas cacimbinhas que formavam
às margens do Riacho Cachoeirinha.
As crianças,
disputavam com as borboletas,
espaços nas areias brancas
enquanto que as mães
estendiam as roupas
e esperava secá-las no sol ardente,
queimando a gente.
Tudo se foi,
já era,
é hoje o azul da tintura da fabrica,
o esgoto que não cobra taxa,
com via tríplice sem retorno,
é o crime ambiental,
o fim do mangue,
sem flora e sem fauna
onde em vez de água,
corre lágrimas e sangue..
A resistência, irresistível,
A peleja com a insensatez,
Do poder, sem poder,
O povo sem o público,
E o público sem autoridade,
Sem igualdade e liberdade.
Leonardo Sampaio
11/11/2008
Esse é o Riacho Cachoeirinha onde havia dois açudes até a década de 1970 e marcava a presença da escritora Rachel de Queiroz no Açude do Sítio Pici.
O Movimento Pro-Parque Rachel de Queiroz registra a resistência de ambientalistas na defesa dos últimos verdes no Oeste de Fortaleza.
Esse vídeo mostra as irregularidades de obras construídas em áreas de preservação ambiental em Fortaleza, onde deveria ser o Parque Rachel de Queiroz.
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