segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Não precisa profeta nem profecia


Leonardo Sampaio

Todo brasileiro quer
Que o país seja melhor
Seja um Brasil soberano
Pra competir com o maior
Desenvolver sua riqueza
Tirar gente da pobreza
Com voz e vez pra o menor.

Esse é o país sonhado,
Mas eis que infelizmente
O presidente eleito
Defende dente por dente
Com um regime fascista
E de linha neonazista
Com violência ascendente.

Não precisa de profeta
Muito menos profecia
Para saber do sofrimento
E também da agonia
Que a pobreza vai passar
E sua vida atrasar
Com o governo de tirania.

Pois ao longo de sua vida
Pregou sempre a violência
Descriminou as mulheres
Do nazismo é sua essência
Persegue negros e LGBT
Incrimina até o PT
Nem do índio tem condolência.

O ódio virou bandeira
Na campanha eleitoral
E encontrou muitos adeptos
Com mentira fenomenal
Tornou estelionatário
Pegou eleitor otário
Confundiu o bem com o mal.

Será um governo dos ricos
Servindo ao capital
Acumulará riquezas
É traíra internacional
Os pobres ficam mais pobres
E os ricos ficam mais nobres
No modo neoliberal.

A equipe está formada
Afastada do social
Que é vista como despesa
Pela classe empresarial
Geradora de pobreza
Pelo acúmulo de riqueza
Do mercado e industrial.

Os poderes dominantes
Banqueiros e industriais
Juntos com agronegócio
Sustentados por generais
E os mercados financeiros
Vão levar os brasileiros
A sufocos infernais.

Tudo isso foi previsto
Por comando americano
Desde o golpe contra a Dilma
Que já fez parte do plano
Transferir as estatais
Para outros capitais
E o Brasil entrar no cano.

Perde-se soberania
Enfraquece o Estado
Fortalece o empresariado
Mais produto importado
Gerando mais desemprego
Pobres perdem o sossego
Com os direitos cortado.

Essa farsa foi montada
Faceando o cristianismo
Enganando muita gente
Utilizando o fascismo
Com deus acima de tudo
E parte do povo mudo
Sonhando com o egoísmo.

Isso não é uma previsão
É o que está decretado
Terá muita repressão
Comandada pelo Estado
Com regime de exceção
Haverá perseguição
Contra o povo organizado.

Direitos só para eles
Será a única certeza
Para pobre só chicote
Falam isso com clareza
Mas quem votou não acredita
Em suas palavras antes dita
Que detesta a pobreza.

Pobre suja a natureza
Chama-os de vagabundo
As pessoas que não tem nada
Lixo humano do mundo
É assim que são tratados
E a todo tempo empurrados
E visto como imundo.

É um povo sem dinheiro
E por tanto não consome
Dá prejuízo ao Estado,
É gente que passa fome
Trás gasto pra educação
Pra saúde não é exceção
Não tem prestigio nem nome.

Em todo Estado burguês
Pobre é descriminado
Sofre toda repressão
Chega a ser eliminado
E em tempo de ditadura
Fazem até varredura
Por não estar no mercado.

O pobre que vota em rico
Não percebe que a pobreza
É fruto da exploração
Chega até a ter certeza
Que o rico vai lhe salvar
E vota pra lhe agradar
Ou até pela beleza.

E agora vem a chibata
Eles voltaram ao poder
Com toda a força que tem
E o pobre vai se fuder,
Perdendo todo direito
Não tem nada que dê jeito
Para ele se defender.

Daí que vem o conformismo
O pobre perde a esperança
Mas acredita que Deus vem
Essa é a única crença
Que virá o salvador
Para eliminar sua dor
E na morte sua presença.

05/12/2018



2 comentários:

Fernando Carvalho disse...

Excelente reflexão sobre O Natal em forma de poesia. Infelizmente. esta data tão especial e Importante para Humanidade principalmente para os Cristãos foi transformada em uma data comercial que visa os interesses do Capital em todos os sentidos.

Unknown disse...

Valeu a reflexão "cordelizada".