sábado, 15 de dezembro de 2018

O Natal de Jesus e de Noel


Leonardo Sampaio

Natal nos faz lembrar
Da família de Nazaré
Que é a família sagrada
Com Jesus, Maria e José.
Sendo modelo exemplar
Para o mundo caminhar
Comungando amor e fé.

Foi esse o modelo ideal
Pra toda a humanidade
Viver a consagração
De família e humildade
Sentindo o amor fraterno
E um sentimento eterno
Vivendo a fraternidade.

Natal é nascimento
E também renovação
Jesus Cristo é o centro
É amor e é emoção
É a verdade e a vida
É verbo, homem e é saída
É momento de perdão.

Natal não é comércio
Nem Jesus mercadoria
Jesus é o libertador
Que nasceu na estribaria
Como homem ensinou
E aos pobres libertou
Porque Deus os preferia.

Natal lembra o nascimento
E o Jesus assassinado
Perseguido e humilhado
E tudo por ele pregado
Justiça, amor, liberdade
Pra construir felicidade
Em um reino consagrado.

Já o Natal do Polo Norte
Promove exploração
E também consumismo,
Revela a contradição
De pobreza e humildade
Que vive a humanidade
Entre criador e criação.

Do Polo Norte vem um papai
Que é o Noel capitalista
Já do lado de Israel
Vem um Jesus socialista
Que prega a humildade
E um mundo de igualdade
Que contradiz o egoísta.

Já Papai Noel é o contrário
Traz egoísmo e exploração
Um Natal só de ganancia
Desavença e contradição
Com a morte e o sofrimento
Que difere o nascimento
Que festeja a libertação.

Natal do Black Friday
Cria falsa liberdade
Espécie de Fake News
Trazendo felicidade
Mas Jesus fica esquecido
Tudo sendo consumido
E o valor é a propriedade.

Que sejamos nesse natal
Caminhos das divindades
Construindo amor fraterno
Contra as desigualdades
Porque trazem sofrimento
Precisamos ser fermento
Em todas as prioridades.

10/12/2018

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Não precisa profeta nem profecia


Leonardo Sampaio

Todo brasileiro quer
Que o país seja melhor
Seja um Brasil soberano
Pra competir com o maior
Desenvolver sua riqueza
Tirar gente da pobreza
Com voz e vez pra o menor.

Esse é o país sonhado,
Mas eis que infelizmente
O presidente eleito
Defende dente por dente
Com um regime fascista
E de linha neonazista
Com violência ascendente.

Não precisa de profeta
Muito menos profecia
Para saber do sofrimento
E também da agonia
Que a pobreza vai passar
E sua vida atrasar
Com o governo de tirania.

Pois ao longo de sua vida
Pregou sempre a violência
Descriminou as mulheres
Do nazismo é sua essência
Persegue negros e LGBT
Incrimina até o PT
Nem do índio tem condolência.

O ódio virou bandeira
Na campanha eleitoral
E encontrou muitos adeptos
Com mentira fenomenal
Tornou estelionatário
Pegou eleitor otário
Confundiu o bem com o mal.

Será um governo dos ricos
Servindo ao capital
Acumulará riquezas
É traíra internacional
Os pobres ficam mais pobres
E os ricos ficam mais nobres
No modo neoliberal.

A equipe está formada
Afastada do social
Que é vista como despesa
Pela classe empresarial
Geradora de pobreza
Pelo acúmulo de riqueza
Do mercado e industrial.

Os poderes dominantes
Banqueiros e industriais
Juntos com agronegócio
Sustentados por generais
E os mercados financeiros
Vão levar os brasileiros
A sufocos infernais.

Tudo isso foi previsto
Por comando americano
Desde o golpe contra a Dilma
Que já fez parte do plano
Transferir as estatais
Para outros capitais
E o Brasil entrar no cano.

Perde-se soberania
Enfraquece o Estado
Fortalece o empresariado
Mais produto importado
Gerando mais desemprego
Pobres perdem o sossego
Com os direitos cortado.

Essa farsa foi montada
Faceando o cristianismo
Enganando muita gente
Utilizando o fascismo
Com deus acima de tudo
E parte do povo mudo
Sonhando com o egoísmo.

Isso não é uma previsão
É o que está decretado
Terá muita repressão
Comandada pelo Estado
Com regime de exceção
Haverá perseguição
Contra o povo organizado.

Direitos só para eles
Será a única certeza
Para pobre só chicote
Falam isso com clareza
Mas quem votou não acredita
Em suas palavras antes dita
Que detesta a pobreza.

Pobre suja a natureza
Chama-os de vagabundo
As pessoas que não tem nada
Lixo humano do mundo
É assim que são tratados
E a todo tempo empurrados
E visto como imundo.

É um povo sem dinheiro
E por tanto não consome
Dá prejuízo ao Estado,
É gente que passa fome
Trás gasto pra educação
Pra saúde não é exceção
Não tem prestigio nem nome.

Em todo Estado burguês
Pobre é descriminado
Sofre toda repressão
Chega a ser eliminado
E em tempo de ditadura
Fazem até varredura
Por não estar no mercado.

O pobre que vota em rico
Não percebe que a pobreza
É fruto da exploração
Chega até a ter certeza
Que o rico vai lhe salvar
E vota pra lhe agradar
Ou até pela beleza.

E agora vem a chibata
Eles voltaram ao poder
Com toda a força que tem
E o pobre vai se fuder,
Perdendo todo direito
Não tem nada que dê jeito
Para ele se defender.

Daí que vem o conformismo
O pobre perde a esperança
Mas acredita que Deus vem
Essa é a única crença
Que virá o salvador
Para eliminar sua dor
E na morte sua presença.

05/12/2018