Leonardo Sampaio
Educador e gestor público
Essa teologia discriminatória e excludente, é a que encontra o deus capitalista, onde os valores são a partir do Ter, do individualismo e do consumismo em que o indivíduo tem sua função na sociedade, relacionados com a contradição entre trabalho, capital e mais valia e que tudo vira mercadoria, até a mão de obra. Essa sociedade sempre assegurou aos ricos as tecnologias modernas e aos pobres trabalhos braçais e a reprodução para mão de obra. Dessa forma podemos dizer que a raiz da pobreza e miséria vem desses modelos teológicos, sócios, político, econômico excludentes. São modelos que agravam a desigualdade com as tecnologias modernas reduzindo mão de obra e produzindo Seres descartáveis, jogados ao relento ou recantos inabitáveis, como: beiras de mangues, morros, serras, pé de serras, com porteiras e cercados, parecendo depósitos de pessoas inúteis para o mercado consumista e de trabalho.
As principais vítimas destes modelos políticos e econômicos, desde o império à república, são os índios e negros onde as necessidades básicas são negadas pelo Estado, como: saúde, educação, tralho e renda, terra para plantar e morar com dignidade. Estes só passaram a ter direito do Estado na constituição de 1988, para assegurar as necessidades básicas da pessoa humana, até porque o Estado sempre foi governado pela elite detentora do capital e os impostos arrecadados utilizados conforme os interesses desta classe, em detrimento aos direitos da grande maioria da população.
Portanto, para erradicar a pobreza, necessita inverter essa lógica de concentração de capital a partir do município que é o lugar onde as pessoas vivem. É no município que está às contradições de classes em todos os níveis e é dele que deve partir as soluções para as desigualdades e exclusões sociais. “O autêntico cristão deve consolar os aflitos e afligir os consolados e acomodados”. Dom Tonino Bello, bispo da diocese do sul da Itália.
22/05/2011
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