Tendo os meus pais envolvidos com os chamados movimentos populares desde muito tempo antes de eu nascer, acabei me inserindo desde cedo na dinâmica desses movimentos, participando sempre direta ou indiretamente das atividades, principalmente no ESCUTA. Desse modo, desde pequeno fui me familiarizando com a opção de vida escolhida pelos meus pais dentro da realidade da Educação Popular.
No decorrer dos anos fui me empoderando mais intensamente das atividades do ESCUTA, entrando na adolescência para o Grupo de Jovens Utopia, que estava inserido dentro do ESCUTA. A partir do rumo que o grupo foi tendo eu fui me envolvendo e assim comecei a fazer teatro juntamente com o Grupo. Aos poucos o grupo de pessoas que faziam teatro foi ganhando independência e passamos a nos identificar como um grupo de teatro, mas que estava diretamente ligado às atividades do ESCUTA.
No decorrer do tempo o grupo de teatro ia se desmanchando por conta de problemas pessoais, principalmente familiares, pela necessidade de sobrevivência. Tendo em vista isso, para não acabarmos com o grupo e não deixarmos de fazer o que gostávamos, resolvemos continuar fazendo teatro, mas buscando uma profissionalização ligada juntamente com a nossa formação humana. Assim, a necessidade nos impulsionou a transformar o ESCUTA em ONG para que ficasse mais fácil conseguirmos recursos e tornar a continuidade do grupo viável. Criamos então, juntamente com o nosso então diretor de teatro Wellington Pará o projeto Círculos de Cultura Brincantes e conseguimos através dele a assessoria da professora Ângela Linhares da Universidade Federal do Ceará.
Por volta de 2003 iniciamos o projeto, que buscava nos formar enquanto pessoas tendo em vista uma profissionalização e ao mesmo tempo interferirmos na realidade da nossa comunidade. Começamos então a nos capacitarmos como Animadores(as) Culturais num processo de teoria e prática. Com o conceito de Animação Cultural que foi sendo construído por nós, abrangemos as nossas habilidades artísticas e eu fui deixando de fazer teatro, mas não deixei de interagir com ele, pois fiquei na área de percussão justamente ligada ao teatro.
No ano de 2004 eu me afastei do grupo para estudar para o vestibular e depois de ingressar no curso de Filosofia na Universidade Federal do Ceará, retornei ao Projeto Círculo de Cultura Brincantes, onde continuo até os dias atuais, continuando o processo de formação em Animação Cultural e arte educador.
Leandson Sampaio.
Este é um instrumento que tem por finalidade divulgar produções literárias, poéticas, culturais e ambientais. Sou educador popular, Pedagogo, Prof. da Rede de Ensino de Fortaleza, escritor, poeta e pesquisador popular. A foto tirei no amanhecer do Sítio Gangorra em Abaiara - Região do Cariri Cearense. Minha terra natal.
domingo, 13 de abril de 2008
Ciranda do mangue e da cidade
É na roda que te vejo
E encontro tua beleza
Olho dentro dos teus olhos
Sinto logo tua pureza
Na ciranda dou as mãos
Giro a roda e acerto o paço
Aprendo a letra e vou cantando
Dançando o ritimo no compasso
A ciranda da vida
É da solidariedade
É do vila velha
É do mangue e da cidade.
A ciranda é das crianças
Da serrinha e lagamar
Do escuta e bom jardim
Da granja e todo lugar
A ciranda é juventude
É arte e é cultura
Do palmeiras ao pici
Tem farinhada e rapadura
A ciranda é do adulto
Do idoso e da mulher
E luta pelos direitos
De mãos dadas com o talher
Cirandeiros e cirandeiras
Ta na hora de cirandar
Dar as mãos de guerreiros e guerreiras
Pra o sistema acabar
Esse mundo da ciranda
É da música popular
Nascida no seio do povo.
Pra dançar e rebolar
Leonardo Sampaio
Cirandeiro e educador popular
02/04/06
E encontro tua beleza
Olho dentro dos teus olhos
Sinto logo tua pureza
Na ciranda dou as mãos
Giro a roda e acerto o paço
Aprendo a letra e vou cantando
Dançando o ritimo no compasso
A ciranda da vida
É da solidariedade
É do vila velha
É do mangue e da cidade.
A ciranda é das crianças
Da serrinha e lagamar
Do escuta e bom jardim
Da granja e todo lugar
A ciranda é juventude
É arte e é cultura
Do palmeiras ao pici
Tem farinhada e rapadura
A ciranda é do adulto
Do idoso e da mulher
E luta pelos direitos
De mãos dadas com o talher
Cirandeiros e cirandeiras
Ta na hora de cirandar
Dar as mãos de guerreiros e guerreiras
Pra o sistema acabar
Esse mundo da ciranda
É da música popular
Nascida no seio do povo.
Pra dançar e rebolar
Leonardo Sampaio
Cirandeiro e educador popular
02/04/06
O mundo muda, o mundo será mudado
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