Leonardo
Sampaio
Assisti um
vídeo https://www.youtube.com/watch?v=6Qln88pzEHU do grupo carismático
Canção Nova, em que o Padre faz um discurso homofóbico, na hora do sermão, enfatiza
ainda, nas entre linhas, a Dilma Rousseff quase como satanás, e um dos argumentos
é o comunismo, como se ela esteja querendo implantar no Brasil. Nossa senhora,
me arrepiei todo com a ignorância, o Padre pregando o ódio, jogando as pessoas
contra o projeto do PT, o projeto de distribuição das riquezas que vem melhorando
as condições de vida dos pobres. Faz vergonha ter uma pessoa daquela se dizendo
cristão, se achando representante da Igreja e da divindade santa e o pior se
dizendo sabedor das coisas, é nítido que o moço, é alguém que não estuda, não se
aprofunda nem no que vai dizer e sai falando besteira na frente de um altar
como se fosse dono da verdade e ainda diz que está inspirado por deus, pra mim
é apenas o deus dele, odiento, raivoso, homofóbico, anti Cristo.
Por causa
disso, procurei conhecer a origem dessa instituição religiosa da Igreja
Católica, tão retrógrada, conservadora e defensora dos projetos políticos de
acumulação de riquezas nos moldes capitalista, que é um modelo contrario aos
princípios cristãos, porque prega o egoísmo, a ambição, o acumulo de riqueza e
pratica a exploração do homem, sobre o homem e a destruição da natureza. Na
minha pesquisa, descobri que ela nasceu nos Estados Unidos, com uma linha religiosa
pentecostal e de doutrina carismática, assemelhada ao protestantismo evangélico
americano, uma espécie de evangélico com Maria, dentro da Igreja Católica.
A partir dessa
descoberta, procurei saber o que motivou ela e os demais movimentos
carismáticos e evangélicos ambos pentecostais a se multiplicarem tão
rapidamente no Brasil, a partir da década de 1990, e nessa pesquisa conheci o
documento chamado Santa Fé, que tem como objetivo enfrentar uma espécie de
represália à Igreja da Libertação e as Comunidades Eclesiais de Base – CEBs e
decretar o fim da Teologia da Libertação, por essa, pregar o Cristo Libertador,
um Jesus que trás a ideia que tudo feito pelo Criador seja comum a todos,
proposta que se alinha ao comunismo, como é a vida dos primeiros cristãos (Ato dos
Apóstolos) como o modelo socioeconômico, onde “todos trabalham, produzem e
distribuem as riquezas e a produção de acordo com suas necessidades”, o que
significa o mesmo projeto do Reino de Deus, o Reino com uma sociedade de
igualdade, justiça, fraternidade, humanização e preservação do planeta.
Foi esse o
Projeto apresentado por Jesus Cristo e por causa dele foi condenado e assassinado
com aval do povo, gritando, mata-o, mata-o, ..., em assembleia popular. Jesus
nessa ocasião ficou apenas com sua mãe, uma prima e alguns poucos seguidores, o
que não quer dizer que o projeto apresentado não seria o melhor pra humanidade
e o planeta. Já que ao contrario dos assassinos que representam o egoísmo, a ambiciosos
e acumulação de riquezas.
Por incrível
que pareça, a inspiração de escrever sobre esse tema, nasceu ao ouvir dentro da
escola as diversas opiniões sobre a Dilma e o Aécio onde um professor de linha
carismática evangélica com Maria fica perguntando qual é o projeto da Dilma,
então entreguei-o o projeto para a educação e o mesmo não quis nem lê, apenas
colocou de lado, uma professora se dispôs a lê, mas logo ouvi a interrogação:
E o comunismo? Alguém falou “Leonardo é comunista!” e de imediato acrescentei “Sou
comunista cristão, por dois motivos: Um, porque o projeto sociopolítico que
Jesus Cristo nos apresentou é de uma sociedade comunista, da forma como está na
Bíblia, no ato dos apóstolos, e o segundo, é o Reino de Deus que é a essência
do comunismo, onde tudo é comum a todos e não tem ricos nem pobres, todos são
iguais, e é lá, onde se pratica a justiça, a fraternidade e o amor humanitário
e universal a todas as formas de vida”.
Ao final,
os comentários foram sobre o comunismo e ficou notório a necessidade de se
conhecer com mais profundidade o tema, já que, o que se tornou visível ao povo,
são os estados totalitários e o desvio dos princípios marxista na relação
sócio-político-economico de uma sociedade socialista. Mas também concordo que, esse
tipo de Igreja que desconhece o Reino de Deus, o Cristo Libertador e cria sua
própria doutrina conservadora, olhando para o mercado, o consumo e com shows
mirabolantes em nome de deus, é “ópio do povo”, (Karl Marx).
Com isso concluo que, o meu Deus, não é o
mesmo dele, e que pode haver muitos deuses, como disse D. Aloísio, em um
encontro de Forania: “Cada qual pode criar um deus pra si, conforme seus interesses”.
19/10/2014