TEXTOS e POESIAS

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

GRITO DOS EXCLUÍDOS

Grito que grita alegria,
Não é o mesmo grito que grita a dor,
Nem o mesmo grito que grita tristeza,
Mas é o mesmo grito que grita amor.

Grito que grita piedade,
Não tem o mesmo rítimo do grito que grita miséria,
Nem o mesmo rítimo do grito que grita injustiça,
Mas é o mesmo grito que grita solidariedade.

Grito que grita justiça,
Não ecoa no mesmo grito que grita violência,
Nem ecoa no mesmo grito que grita droga,
Mas é o mesmo grito que grita a paz.

Grito que grita Aldeota,
Não é o mesmo grito que grita periferia,
Nem o mesmo grito que grita favela,
Mas é o mesmo grito que grita luxo, lucro e exploração.

Grito que grita a natureza,
Não é o mesmo grito que grita poluição,
Nem o mesmo grito que grita o lixo,
Mas é o mesmo grito que grita arborização.

Grito que grita trabalho,
Não é o mesmo grito que grita desemprego,
Nem o mesmo grito que grita o desespero,
Mas é o mesmo grito que grita organização social.

O grito que grita as minorias,
Não é o mesmo grito que grita a burguesia,
Nem o mesmo grito que grita o capitalista,
Mas é o mesmo grito que grita os excluídos.

O grito que grita liberdade,
Não é o mesmo grito que grita escravidão,
Nem o mesmo grito que grita opressão,
Mas é o mesmo grito que grita libertação.

O grito que grita fartura,
Não é o mesmo grito que grita a fome,
Nem o mesmo grito que grita pobreza,
Mas é o mesmo grito que grita reforma agraria.


Leonardo Sampaio
Educador popular
10/07/2004

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