É hora de avaliar,
É hora de reflexão,
É hora de interiorização espiritual,
É hora de extrapolar as emoções,
É hora de chorar,
É hora de ser solidário,
É hora de sorrir,
É hora de amar,
É hora de ser feliz.
É hora..., é hora...
A Semana Cultural do ESCUTA é um evento que reuni produções culturais e faz acontecer as trocas culturais dos saberes populares e promove a solidariedade.
Os oito dias de programação de cultura e arte fez-se trilhas culturais no Pici, lembrou para não repetir mais, celebrou a vida e morte de Tito, contaram-se histórias com direito a banquete literário, fizera-se performance poéticas, os tambores tocaram, as câmaras escuras mostraram a tortura, as fotografias encantaram as crianças em oficinas, as artes plásticas foram expostas, os murais, os cânticos, batuques, roda de capoeira, mística afrodecendente e afoxé africanizaram brasileiramente com rítimos e danças, as estrelas brilharam nos céus e no palco, a lua romanticamente iluminou com direito até a eclipse, o orvalho molhou as folhas do jardim, as nuvens abrilhantaram a festa com uma bela chuva refrescante onde as águas corriam nas biqueiras, produzindo contrastes entre as luzes do palco, as flores das mangueiras sob a luz do luar e o sorriso nos rostos das meninas do Raízes Nordestina, prontas para embelezarem nossos olhos com danças folclóricas, impedidas pela chuva advinda entre os raios do relâmpago e o som ritmado do trovão, que fez as gotas d’águas que caiam dançarem na quadra, a ciranda do Escuta.
E assim as noites chegavam poéticas e surpreendentes com Miraíra encantando com cores, musicas, xaxado no cangaço de Lampião e Maria Bonita e imagens dos revolucionários socialista da América Latina.
As crianças da comunidade, isentas na programação, chegaram e bradaram, hei! Aqui é nosso lugar e aí subiram no palco dançaram e o público aplaudiu.
A amostra atos de ontem e de hoje em documentários do santo oficio libertária cristão revolucionário, politizava a educação popular com metodologias libertadoras.
A roda de capoeira do Pici com o Mestre Pequeno, as bandas mandacas do BomJart, soltando a voz e água de quartinha sonorizavam com pífano, cordas e alfaias ritmando as corridas das crianças, que com alegria sorriam e brincavam no circo de fantasia.
A festa tava animada e empolgou as meninas adolescentes da comunidade que logo se organizaram ensaiaram e disseram, também queremos ter vez, subiram no palco e extrapolaram energias com muita dança e beleza.
A arte de ler pintou a melodia poética, na casa das mulheres da lua, com cavaleiros da dama pobreza e os jogueiros, fazia história viva, teatralogada no silêncio curioso da platéia.
As energias da juventude encheram de alegria a noite das bandas cabeças de giraçois com a musicalidade popular brasileira, Beltsons misturava o rock, e as jovens mulheres di dóris fizeram a galera vibrar, gritar e dançar, a flor de cactus traz a mistura poética nordestina, cantada e declamada.
E assim a fulô de aurora, cangaia de cueca e animação cultural do escuta fecharam com roda de ciranda, a décima oitava Semana Cultural do ESCUTA – Espaço Cultural Frei Tito de Alencar.
Leonardo Sampaio
Educador popular
17/08/08
gostei muito da sua avalição, ficou muito poética.
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